Abraço inevitável


 Quem diria que uma simples ajuda poderia aquecer o coração de forma tão intensa, ela que o diga, verdade seja dita, aquele calorzinho estava presente desde sua discussão sobre o conceito de amor no barzinho a alguns encontros atrás. E enquanto algumas almofadas eram postas em seus devidos lugares, e as pipocas voadoras varridas da sala, um silêncio confortável se instalou entre eles.

  Alguns olhares e toques acidentais enquanto tudo era posto no lugar se estabeleciam como uma necessidade impossível de ser controlada, enquanto ela fazia um café, ele sentou no sofá após ter arrastado a mesa de centro, exausto, ela sentando-se ao seu lado passou uma xícara quentinha que era realmente um conforto para a alma, de ombro a ombro saborearam o café e a companhia. Se perceberam a passagem do tempo diante da tv ligada no mudo, ninguém quis lembrar que ele deveria ir.

  Olhando de relance para ele, quando sua cabeça pendeu levemente em sua direção. Levantando-se da forma mais silenciosa possível, ela foi até o quarto para pegar uma coberta e um travesseiro. Ao retornar a sala, deparou-se com a cena que talvez tenha achado mais fofa do que os vídeos de cachorrinhos que assistia na internet, ele havia pendido para o lado em que ela antes se encontrava sentada.

  Contendo um sorriso, aproximou-se arruando suas longas pernas no sofá com dificuldade, enquanto ele resmungava sonolento que não era necessário pois já estava indo ao mesmo tempo que se acomodava mais nas almofadas, o sorriso dela já não era mais contido enquanto o cobria, ao sentar-se na pontinha do sofá para ajeitar o travesseiro sob a cabeça dele, percebeu-se sendo abraçada. Percebendo o inevitável de tantas formas cedeu ali aquele abraço.   

-Mar

CONTINUA...

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